CAMINHOS DA MINHA INFÂNCIA


A minha avó materna, a única que conheci, era uma senhora alta, elegante, com uns belos olhos cinzentos e uma trança enrolada na cabeça. Era linda a minha avó e tinha o coração mais doce que podia haver.
Eu teria quatro anos, magrinha, olhos castanhos e longos cabelos negros, levava-me pela mão até às suas quintas por veredas ao longo de regos de água onde eu gostava de chapinhar.
Ainda tenho saudades daquelas caminhadas de há mais de cinquenta anos.
Saudades da minha adorada avó e das pessoas que connosco se cruzavam e se dirigiam a ela, dizendo:
- Venha com Deus!
- Vá com Deus, respondia a minha avó.
Hoje as pessoas cruzam-se como calhaus sem boca, sem ouvidos, sem emoções e sem coração.
PAZ DIVINA

Comentários

Mensagens populares deste blogue

EGOCENTRISMO

MEDITAÇÃO DO SOL

QUANDO O AMOR É UMA DROGA