MULHER BOMBEIRA, MULHER GUERREIRA
No ano 22 a. C. Roma foi assolada por um grande incêndio. O
Imperador César Augusto, após a cidade ter ardido, cria o primeiro corpo de
combate ao fogo.
O fogo combatia-se
com baldes de água que passavam de mão em mão a partir de poços ou rios até ao
local das chamas.
Roma ardeu em várias ocasiões, no ano 6 d. C. a cidade foi vítima
de vários incêndios simultâneos e o Imperador Augusto formou um corpo de 7 mil
bombeiros.
No ano 27 d. C. volta a acontecer um novo incêndio e 9 anos mais
tarde de novo.
No ano 54 d. C. novo incêndio obriga a mover um corpo de
bombeiros para o porto de Ostia para proteger os armazéns de grãos, caso
contrário, teriam de passar por grande escassez.
E as catástrofes continuaram
até acontecer a maior delas no ano 64 d. C. com a qual Nero ganhou a fama de
pirómano.
De lá para cá, diversos são os modelos adoptados mundo fora,
alguns baseados no voluntariado, outros profissionalizados ou ainda baseados em
sistemas mistos como o nosso.
Em Portugal, no século XIV, D. João I promulgou a organização
do Serviço de Incêndios de Lisboa, através da Carta Régia de 23 de Agosto de
1395, estabelecendo que em caso de incêndio carpinteiros e calafates
(trabalhadores dos estaleiros navais) deveriam dirigir-se ao local para, com o
seu machado, atalhar o fogo, bem como que as mulheres deveriam levar seus
cântaros ou potes com água para apagar o fogo.
De noite, deveriam os pregoeiros
sair pelas ruas da cidade alertando aos moradores para tomar cuidado com o lume
das casas.
Já então se evidencia a preocupação com a prevenção de incêndios e
que todos deveriam contribuir para a extinção de eventuais incêndios, o que à
época se fazia basicamente utilizando água ou corte da vegetação.
Sabemos que em Portugal a protecção civil tem como base o
voluntariado. O movimento Associativo dos Bombeiros começou com a Companhia de
Voluntários Bombeiros de Lisboa, criada em 1868, primeiro corpo de bombeiros
voluntários, e que depois, em 1880, passou a Associação de Bombeiros
Voluntários. Em 1992 foi criada a associação nacional de bombeiros
profissionais.
Os bombeiros voluntários arriscam a própria vida e
disponibilizam o seu tempo por uma causa inegavelmente altruísta, o contacto
próximo com a comunidade, a presença em comunidades mais isoladas, a
polivalência no socorro, o espírito de abnegação e sacrifício confere-lhes uma grande
mais valia para a protecção civil, pelo conhecimento das ameaças e do meio
social e físico local e suas vulnerabilidades, actuando como agentes de
prevenção na comunidade.
E entre eles, estão dois que são um
maravilhoso casal, são pais de quatro filhos e têm as suas profissões para além
do Voluntariado.
Mas isto que hoje escrevo é para ela, mulher guerreira que
se divide por três profissões distintas, pela casa, pelo marido, pelos quatro
filhos e ainda arranja tempo para a comunidade no socorro aos que dele
precisam. Ela decidiu ser bombeira como o marido, ir salvar vidas.
Ser bombeiro ocupa muito tempo, não sei onde ela o encontra,
mas sei onde encontrou esse chamado para servir os outros. Foi no marido, mas
foi também no seu filho mais velho que como um herói combateu na República
Centro-Africana.
A profissão de Bombeira exige habilidade, controle
emocional, força física, e segurança, características que lhe reconheço.
Para a minha comadre guerreira com a estima e amor que ela
merece por ser esta mulher forte, segura e decidida.
Tenho uma grande admiração
pela profissão, mas principalmente por esta MULHER determinada que está a representar
as mulheres com grande classe numa profissão desafiadora, onde vai descobrir
que os seus limites vão muito além do que imaginava. Eu sei, que assim é!
PAZ DIVINA!
Sem palavras Manuelinha...
ResponderEliminarSem palavras mesmo...
O meu respeito por ti é enorme
Gratidão Gratidão ❤️❤️🙏
As minhas para ti, são palavras merecidas.
EliminarDesta e de outras vidas por onde andamos juntas.
Muito sucesso!
Beijinhosssss